A pressão para que Michelle Bolsonaro assuma a liderança da direita ganhou força entre integrantes da oposição. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda, defendeu abertamente a atuação da ex-primeira-dama, afirmando que buscará Jair Bolsonaro para tratar do assunto. Michelle já comanda o PL Mulher e tem bom trânsito político, mas seu nome ainda divide opiniões dentro do partido.
Enquanto o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), reforça que o candidato da direita segue sendo Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) destacou Michelle como “a maior liderança conservadora do país”. Reservadamente, aliados avaliam que Michelle tem maior apelo junto ao eleitorado por ser mulher, evangélica e vista como mais sensível que os filhos do ex-presidente.
Apesar do apoio crescente, Michelle tem evitado a exposição desde a operação da Polícia Federal que impôs medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. No dia da ação, estava em casa e foi, segundo Damares, “constrangida” pelos agentes. Desde então, limitou-se a publicar uma mensagem religiosa e não comentou o episódio publicamente.