Um ato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi determinante para a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ordenada nesta segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O jovem parlamentar, aliado de Bolsonaro, postou em suas redes sociais um vídeo em que o ex-presidente aparece participando virtualmente de um ato bolsonarista e pró-anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro o que, segundo Moraes, violou as medidas cautelares impostas. A gravação foi usada como prova para justificar a decisão, acirrando ainda mais os ânimos no cenário político.
Moraes entendeu que a aparição pública de Bolsonaro, ainda que virtual, demonstrou o descumprimento de ordens expressas do STF que proibiam manifestações políticas ou qualquer articulação ligada aos atos investigados. Na decisão, o ministro afirmou que o ex-presidente segue agindo de forma deliberada para influenciar seus seguidores e provocar instabilidade institucional, o que exigiu resposta imediata com aplicação de medida mais severa.
Nos bastidores, aliados do ex-presidente culpam o “descuido” de Nikolas por ter exposto Bolsonaro, enquanto outros defendem que Moraes agiu com excesso e perseguição. A publicação foi rapidamente apagada, mas já havia sido amplamente compartilhada. A crise entre o Judiciário e o bolsonarismo atinge novo patamar, e o clima entre os parlamentares da oposição é de indignação e tensão crescente.