O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (7) que ordenou ao Departamento de Comércio o início dos trabalhos para um novo censo populacional que exclua os imigrantes em situação irregular no país.
A proposta representa uma ruptura com a prática estabelecida pela Constituição americana, que determina a contagem de todos os residentes — independentemente do status migratório — a cada 10 anos. O censo é essencial para a redistribuição de cadeiras no Congresso e para a alocação de bilhões de dólares em recursos federais entre os estados.
“Pessoas que estão ilegalmente em nosso país NÃO SERÃO CONTADAS NO CENSO”, escreveu Trump em uma rede social, reforçando seu posicionamento sobre imigração e representação política.
A medida ocorre em um contexto de pressão do ex-presidente e aliados sobre governadores republicanos para redesenhar distritos eleitorais de forma favorável ao partido, visando ampliar o controle da Câmara nas próximas eleições de meio de mandato.
Trump já havia tentado excluir imigrantes irregulares do censo de 2020, mas a iniciativa foi barrada por um tribunal federal, e a Suprema Corte se recusou a revisar o caso. O próximo censo oficial está previsto para 2030, e uma eventual mudança nas regras pode enfrentar novos desafios legais.