Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agentes da Polícia Penal do Distrito Federal iniciaram nesta quarta-feira (27) o monitoramento das proximidades da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Ele cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir restrições impostas pela Corte.
Na véspera, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, encaminhou a Moraes um ofício sugerindo a presença de policiais dentro da casa de Bolsonaro, em regime de vigilância integral. Segundo o documento, a medida seria a forma mais segura de evitar uma possível tentativa de fuga às vésperas do julgamento sobre a tentativa de golpe.
Rodrigues destacou que a tornozeleira eletrônica utilizada por Bolsonaro depende do sinal de operadoras de telefonia para transmitir dados de movimentação. Em caso de falha no sistema, uma eventual violação poderia ser registrada apenas após o restabelecimento do sinal, dando margem para que o ex-presidente deixasse o local sem ser detectado imediatamente.
O chefe da PF defendeu que a vigilância interna fosse realizada com discrição, sem exposição midiática ou ações que perturbem a vizinhança, citando precedentes de medidas semelhantes em outros casos. A decisão final sobre a solicitação ainda caberá ao ministro Moraes.