A direção nacional do União Brasil deve se reunir na próxima quarta-feira (3/9) para discutir a possível expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, da sigla. A movimentação ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar duramente o dirigente do partido, Antonio Rueda, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto. Segundo Lula, ele não pretende ser amigo de Rueda porque “não gosta” do presidente do União Brasil, acredita que a recíproca também é verdadeira.
Em nota divulgada na terça-feira (26), o partido respondeu ao episódio destacando que “a independência do União Brasil é valor essencial para o fortalecimento da democracia brasileira”. O texto ainda reforçou que o convívio institucional deve ser pautado pelo respeito às instituições, e não por afinidades pessoais.
Apesar do clima de tensão, Sabino tem tentado conter a crise interna. Após a reunião no Planalto, o ministro se encontrou com Rueda na sede da legenda, em Brasília, para buscar uma solução. Ele pretende se manter no cargo até abril de 2026, quando deve deixar a pasta para disputar uma vaga no Senado com apoio de Lula.
Além do Ministério do Turismo, o União Brasil comanda ainda as pastas de Comunicações e Integração Regional, esta última considerada da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A decisão sobre o futuro de Sabino, no entanto, pode redefinir o espaço do partido no governo federal.