O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou um reajuste de 25,97% para os servidores, a ser pago em três parcelas anuais de 8% em julho de 2026, 2027 e 2028. A medida foi relatada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que destacou o caráter de valorização institucional e a necessidade de correção diante de anos de congelamento e recomposição insuficiente.
Apesar do avanço, o próprio STF reconheceu que o índice não cobre toda a defasagem acumulada. Entre 2019 e 2022, período em que os salários ficaram congelados, a inflação alcançou 26,92%, superando o percentual aprovado. Estudo técnico aponta que, mesmo após o reajuste de 19,3% já integralizado em fevereiro de 2025, as perdas permanecerão acima de 24% até meados de 2026.
Enquanto a decisão representa um alívio parcial para a categoria, o cenário do Ministério Público da União (MPU) é ainda mais crítico: servidores seguem sem reajuste, com auxílio-saúde desigual, cortes em benefícios e aumento da defasagem salarial. A insatisfação cresce também diante da crise política no SindMPU, com eleições paralisadas há dois anos e uma diretoria questionada pela base, que cobra transparência e legitimidade no processo de representação.