O presidente argentino Javier Milei enfrentou uma dura derrota política na província de Buenos Aires, região que concentra quase 40% do eleitorado do país. Seu partido obteve 34% dos votos, enquanto a oposição alcançou 47%, resultado que sinaliza perda significativa de apoio e pode afetar sua capacidade de governabilidade.
A repercussão foi imediata no mercado financeiro. As ações argentinas caíram mais de 11% no pré-mercado internacional, e os títulos de dívida do país também despencaram, refletindo a desconfiança dos investidores diante do cenário político incerto. O revés em Buenos Aires aumenta a pressão sobre Milei e coloca em xeque suas propostas de reformas econômicas radicais.
Para analistas, a instabilidade na Argentina serve de alerta para o Brasil e outros países da região. O questionamento que surge é se economias vizinhas estão realmente blindadas contra crises políticas e econômicas externas. A dúvida também reforça a importância da diversificação de investimentos, evitando a exposição exclusiva ao mercado nacional.