Nesta segunda-feira (8) um bate-boca interrompeu o depoimento de Carlos Lupi na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os descontos irregulares em pensões e aposentadorias do INSS. Já que quando o escândalo das fraudes estourou, ele era o ministro, e no momento respondia às perguntas da comissão pela quinta hora seguida quando a briga paralisou a sessão.
O bate-boca começou com as perguntas do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que pôs em xeque as repostas respostas apresentadas por Carlos Lupi e atribuiu a ele responsabilidade pelos descontos ilegais. Com as perguntas em série de Van Hattem, Lupi disse que só responderia ao final. O deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), interviu e afirmou que o ex-ministro poderia gozar do direito ao silêncio para se poupar da culpa.
A situação escalou, e começou uma briga geral. Enquanto o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) discutia com o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), o deputado Rogério Correia (PT-MG) e o líder do PL, Sóstenes Cavalcante(RJ), gritavam em outra parte do plenário. O cenário caótico perdurou por mais de 10 minutos, e clima só foi estabilizado depois de todos os microfones serem cortados.
A sessão recomeçou com Marcel Van Hattem repetindo as perguntas, enfrentando o silêncio de Lupi. Após o fim da declaração de Van Hattem, Lupi pediu suspensão por 10 minutos e, na retomada, decidiu responder às questões do deputado, negando responsabilidades pelas fraudes e afirmando que não teria acobertado os crimes.