A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) uma operação que desarticulou um esquema de corrupção envolvendo lavagem de dinheiro e pagamento de propinas relacionadas à liberação de licenças ambientais. Entre os investigados está Rodrigo de Melo Teixeira, ex-integrante da cúpula da corporação e que ocupava um cargo de direção no Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao governo federal. Teixeira já havia exercido o posto de diretor da PF durante parte do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A trajetória do ex-diretor também inclui outros vínculos com administrações petistas. Entre 2015 e 2016, ele atuou como secretário de Defesa Social em Minas Gerais, no governo de Fernando Pimentel (PT). Pimentel, por sua vez, havia sido ministro do Desenvolvimento na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, reforçando a ligação de Teixeira com gestões do Partido dos Trabalhadores.
Na carreira dentro da Polícia Federal, Teixeira também ganhou destaque em 2018, quando exercia o cargo de superintendente da corporação em Minas Gerais. Naquele período, a cidade de Juiz de Fora foi palco do atentado contra Jair Bolsonaro, então candidato à Presidência da República. O episódio colocou a superintendência sob grande visibilidade nacional, com Teixeira à frente da unidade.