O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, incluiu o empresário Luciano Hang, presidente da rede de lojas Havan, no inquérito que apura responsabilidades pela condução da pandemia da COVID-19 no Brasil. A decisão mantém o nome do empresário entre os investigados, mesmo após ele ter feito doações de insumos durante o período crítico da crise sanitária.
Hang, que se destacou como apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, doou R$ 1 milhão em cilindros de oxigênio para a cidade de Manaus, em janeiro de 2021, quando o sistema de saúde local entrou em colapso e pacientes chegaram a morrer por falta do insumo. Apesar da contribuição, o ministro Dino entendeu que a apuração sobre eventuais responsabilidades do empresário na disseminação de informações durante a pandemia deve prosseguir.
A defesa de Hang tem alegado que as doações e ações do empresário mostram seu compromisso em ajudar o país no enfrentamento da crise sanitária, enquanto críticos sustentam que a investigação não se relaciona com as contribuições financeiras, mas com a conduta do empresário na esfera pública. O caso segue em andamento no STF.