Servidores recebem quase R$ 200 mil em comissões do Senado que não funcionam

O Senado Federal vai gastar, somente neste mês de setembro, R$ 173,6 mil com salários de quatro servidores efetivos. Eles ocupam cargos de secretários em comissões que ainda não saíram do papel: a de Comunicação e Direito Digital e a de Defesa da Democracia.
Desde a criação, em junho de 2023, esses colegiados nunca realizaram uma reunião nem apreciaram projetos. Mesmo assim, continuam com estrutura administrativa ativa e gerando despesas aos cofres públicos. Diferente delas, a Comissão de Esporte, criada no mesmo período, foi instalada e vem funcionando normalmente.
Dois dos quatro servidores estão enquadrados no chamado “regime especial de frequência”, modalidade que dispensa o registro de ponto eletrônico. Na Comissão de Comunicação e Direito Digital, atuam Matheus Soares Torres Costa, como secretário, e Jefferson Damascena, como assistente técnico. Damascena disse, em entrevista, que suas atividades são voltadas a “questões técnicas” relacionadas ao colegiado.
A manutenção dessas comissões inativas, que consomem quase R$ 200 mil mensais sem entregar resultados, reacende o debate sobre o uso dos recursos públicos e a necessidade de revisão nas estruturas internas do Legislativo.