Em entrevista exclusiva ao Agora Alagoas, no programa Direto de Brasília, com a repórter Berenice Leite, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que há uma “blindagem”, inclusive por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação às convocações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a fraude bilionária no INSS. Segundo ele, a atuação do Judiciário estaria dificultando o avanço das apurações.
Girão aproveitou para elogiar a participação do deputado federal alagoano Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI. “Quero parabenizar Alagoas, por esse grande relator, que é o deputado Alfredo Gaspar. Ele está tendo muita coragem, desde o início desta CPMI. Por causa da firmeza dele e do presidente, já tivemos prisões, apreensões de carros de luxo, apartamentos e muito mais”, declarou.
O senador criticou decisões que, segundo ele, impedem a investigação de avançar. “Existe uma blindagem, inclusive do STF, que está autorizando pessoas a virem para cá e nem falarem, rasgando o processo de investigação legislativa, que é constitucional. A sociedade quer saber a verdade e esse exemplo tem que vir de cima”, disse.
A CPMI do INSS ouve nesta quinta-feira (2) o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho. Ele comparece na condição de convidado, sem obrigação de depor, após acordo costurado pela base governista em busca de reduzir a pressão sobre as investigações.
Segundo documentos oficiais, o INSS recebeu pelo menos quatro avisos de diferentes órgãos de controle sobre descontos irregulares desde 2018. As notificações ocorreram em gestões distintas, incluindo as de Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



