O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa segunda-feira (6) que as tensões comerciais e políticas entre Brasil e Estados Unidos não devem se prolongar. O comentário foi feito após a conversa de meia hora entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, considerada positiva por integrantes do governo federal.
“Do anúncio do tarifaço para cá, muita informação chegou. Então, eu realmente não acredito que essa tensão vai prosperar. Não tem razão para prosperar”, declarou Haddad à TV Record, acrescentando que a expectativa é de que a relação bilateral siga de forma normal, reforçando os laços históricos entre os dois países.
Durante o contato, Lula pediu a Trump a “rediscussão” das sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como a suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, além de propor nova conversa sobre as tarifas aplicadas aos produtos brasileiros. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, a reunião foi “boa, descontraída, longa e proveitosa”, com expectativa de avanços em investimentos recíprocos e soluções para a questão tarifária.
O Itamaraty destacou que Lula tratou a conversa como oportunidade para restaurar relações amigáveis entre Brasil e Estados Unidos, lembrando que o país mantém superávit na balança de bens e serviços com os norte-americanos. Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações com Alckmin, Haddad e o chanceler Mauro Vieira, e ambos os presidentes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve, incluindo possíveis encontros na Cúpula da ASEAN e na COP30, em Belém.



