A Câmara dos Deputados deixou expirar, nesta quarta-feira (8), a Medida Provisória (MP) 1.202/2025, que previa a arrecadação de cerca de R$ 17 bilhões por meio da taxação de bancos e apostas online. A proposta, considerada estratégica para o equilíbrio fiscal do governo federal, perdeu a validade à meia-noite após o adiamento da votação.
A sessão foi marcada por intensos debates e acabou sendo interrompida após um requerimento apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP). O pedido de adiamento foi aprovado por 251 votos a 193, o que, na prática, impediu que a MP fosse analisada dentro do prazo legal. A proposta havia sido aprovada anteriormente por uma comissão mista com placar apertado, 13 votos a 12, mas não chegou ao plenário.
Entre os parlamentares de Alagoas, o resultado também foi dividido. Votaram a favor do adiamento Alfredo Gaspar (União), Delegado Fábio Costa (PP) e Marx Beltrão (PP). Já contra o adiamento, se posicionaram Isnaldo Bulhões (MDB), Luciano Amaral (PSD), Paulão (PT) e Rafael Brito (MDB).
Com a caducidade da MP, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre um revés fiscal significativo. A medida era apontada como essencial para compensar a elevação temporária do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e reforçar o orçamento federal. Agora, sem a vigência da proposta, a equipe econômica precisará encontrar novas alternativas para cobrir o rombo de R$ 17 bilhões.



