Em um discurso marcado pela emoção, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou, nesta quinta-feira (9), sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), após 12 anos na Corte. Durante a sessão plenária, Barroso chorou ao agradecer a ex-presidente Dilma Rousseff, responsável por sua nomeação, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua “firme defesa do Tribunal” em momentos de crise institucional.
“Sou grato à presidente Dilma Rousseff, que me nomeou da forma mais republicana possível, sem pedir, sem insinuar, sem cobrar. E ao presidente Lula, por sua firme defesa do Tribunal quando esteve sob ataque, com altivez, mas sem bravatas”, declarou o ministro, emocionado.
Barroso afirmou deixar o Supremo com o “coração apertado, mas a consciência tranquila de quem cumpriu a missão da vida”, ressaltando que não guarda mágoas nem arrependimentos. “Não foram tempos banais, mas começaria tudo outra vez se preciso fosse”, disse.
Ao encerrar seu discurso, o ministro destacou a importância do STF como guardião da Constituição e pilar da democracia brasileira. Ele afirmou que sua decisão de se aposentar foi “longamente amadurecida” e não tem relação com o cenário político atual, informando que permanecerá mais alguns dias na Corte para concluir processos pendentes.



