A aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciada nesta quinta-feira (9), abre espaço para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha seu sucessor, movimentando intensamente o cenário político e judicial do país. A decisão, já esperada, promete colocar o governo e o Palácio do Planalto no centro das negociações sobre quem ocupará a cadeira deixada pelo ministro.
Nos bastidores, alguns nomes já surgem como favoritos para a indicação. Entre eles está Jorge Messias, advogado-geral da União, de confiança de Lula, com perfil técnico e político alinhado ao governo. Com 45 anos, sua nomeação permitiria longa permanência na Corte. Outro cotado é o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, cuja indicação agradaria setores do Judiciário e Legislativo, embora sua possível candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026 possa adiar a ida ao STF.
Também despontam como alternativas sólidas Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), com bom trânsito político, e Vinícius Carvalho, titular da Controladoria-Geral da União (CGU), reconhecido por sua atuação em integridade pública e governança. Cada nome apresenta diferentes perfis e repercussões políticas, tornando a escolha estratégica e observada de perto por especialistas e políticos.
Barroso, que ocupava a Corte há 12 anos, disse que a decisão de se aposentar foi pensada cuidadosamente. “É muito difícil deixar o Supremo, que é um espaço relevante para quem gosta do Brasil. Mas há outros espaços importantes na vida brasileira”, afirmou, sinalizando que o momento era propício para novos rumos, tanto para ele quanto para o STF.



