No mesmo dia em que o Rio de Janeiro registrou a operação policial mais letal de sua história, a sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados terminou em um intenso bate-boca entre parlamentares bolsonaristas e membros do PSOL. O tumulto começou após o presidente do colegiado, Paulo Bilynskyj (PL-RJ), encerrar a reunião sem conceder a palavra à deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ).
A atitude provocou protestos imediatos da bancada de oposição, que acusou o presidente de cercear o direito de fala da deputada. Parlamentares governistas reagiram em defesa de Bilynskyj, e o clima rapidamente se deteriorou, levando ao encerramento antecipado da sessão.
O episódio ocorreu em meio à repercussão da Operação Contenção, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, que deixou mais de 60 mortos, entre eles quatro policiais civis. Enquanto o governo fluminense defende a ação como necessária ao combate ao crime organizado, parlamentares da esquerda criticam o que chamam de “política de extermínio”.



