A megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em um dos maiores números de mortes da história do estado, reacendeu o movimento da direita por uma mudança radical na legislação: o enquadramento das facções criminosas como grupos terroristas. Lideranças e influenciadores digitais voltaram a pressionar o Governo Federal, exigindo uma política de segurança mais dura.
O argumento central é que, ao dominar territórios, confrontar o Estado com armamento de guerra e aterrorizar a população, organizações como o Comando Vermelho (CV) e o PCC preenchem todos os requisitos para serem classificadas sob a Lei Antiterrorismo. Essa classificação permitiria o uso de ferramentas jurídicas e operacionais mais amplas e severas contra os criminosos.
A mobilização nas redes sociais é acompanhada por uma onda de críticas ao Governo Lula, acusado de leniência e de não dar o suporte necessário às forças de segurança. A direita utiliza a tragédia no Rio para forçar o debate sobre a “bukelização” do país, em referência ao modelo de combate ao crime adotado pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
Ao exigir a classificação das facções como terroristas, o movimento busca não apenas endurecer a lei, mas também reforçar a polarização política, pressionando o Governo Federal a adotar



