Após uma reunião realizada nesta quinta-feira (30) com governadores aliados, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou a criação de um consórcio nacional voltado à área de segurança pública. O grupo, apelidado de “Consórcio da Paz”, tem como objetivo integrar ações entre os estados nas áreas de inteligência, contingente e apoio financeiro. A proposta foi bem recebida pelos governadores presentes, e Castro sugeriu que a sede do consórcio seja no Rio de Janeiro.
“O consórcio é do Rio e para o Brasil”, afirmou o governador durante entrevista coletiva. Participaram do encontro os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Eduardo Riedel (PP-MS) e Jorginho Mello (PL-SC) — este último destacou que a ideia é expandir o grupo para todos os 27 estados. Também estiveram presentes, de forma remota, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
A reunião ocorreu em meio à repercussão da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos — incluindo quatro policiais — e foi classificada como a mais letal da história do estado. O encontro serviu como um gesto de apoio político a Castro, que vem enfrentando críticas pela condução da ação e pela escalada da violência nas favelas.
Os governadores também discutiram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, atualmente em análise na Câmara dos Deputados. A maioria dos presentes manifestou oposição ao texto formulado pelo governo federal, sob o argumento de que ele reduziria a autonomia dos estados sobre o tema. Castro, porém, afirmou que o novo consórcio “não é contra ninguém”, mas defendeu ajustes na PEC: “O que não dá é para a segurança pública ser uma coisa enlatada. Cada estado tem sua realidade e sua experiência.”
 
											
 
								

