O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), enviou nesta segunda-feira (3) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os esclarecimentos sobre a megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos no último dia 28. No documento, Castro afirmou que a ação seguiu “princípios constitucionais” e respeitou as determinações da ADPF das Favelas, incluindo o uso de câmeras corporais e o acompanhamento do Ministério Público.
Segundo o relatório, a operação resultou na prisão de 99 pessoas, na apreensão de armamentos pesados e de duas toneladas de maconha. O governo estadual justificou o uso da força alegando que houve intensa resistência armada de cerca de 500 criminosos, muitos deles camuflados e portando fuzis. As armas confiscadas, segundo o documento, têm valor estimado em mais de R$ 12 milhões.
O texto também aponta que a ação tinha como principal objetivo capturar Edgar de Andrade, o “Doca”, apontado como líder do Comando Vermelho. Castro destacou que as disputas territoriais entre facções e a “corrida armamentista” no tráfico levaram o Estado a agir de forma proporcional à ameaça. Cerca de 2.500 agentes de segurança participaram da operação.
Por fim, o governador informou que foi instaurado um inquérito para investigar possível fraude em perícias de corpos e reafirmou que a atuação das forças de segurança representou “exercício legítimo do poder-dever de proteção da sociedade”, defendendo a legalidade, a transparência e o respeito aos direitos humanos.
											
								
