Durante a sessão da CPMI do INSS nesta segunda-feira (10), o relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL) fez duras críticas à impunidade e à blindagem que, segundo ele, protegem os responsáveis pela fraude bilionária contra aposentados e pensionistas. O parlamentar se indignou com o fato de Igor Delecrode, apontado como um dos articuladores do esquema, ter comparecido à comissão amparado por um habeas corpus que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio.
“O cara está blindado, vem pra cá pra ficar calado. Já mostrei nos documentos seu envolvimento no desvio de recursos de aposentados e pensionistas, era o coração tecnológico da safadeza”, afirmou Gaspar, destacando que o silêncio de investigados representa “a vitória da impunidade”. O deputado também criticou a proteção política e o poder econômico de suspeitos, afirmando que, no Brasil, “compensa roubar quando se tem padrinho político e bons advogados”.
O relator foi além ao cobrar punições severas e lamentar a falta de responsabilização dos envolvidos. “Meu maior desejo é vê-lo em um presídio de segurança máxima. Uma mente criminosa como a sua não pode estar solta”, declarou. Gaspar ainda atacou a atuação do Supremo Tribunal Federal e de políticos que, segundo ele, dificultam o avanço das investigações: “Supremo é uma vergonha ele estar solto, uma vergonha ele estar blindado.”
Antes de encerrar, Alfredo Gaspar lembrou que os valores desviados ainda não foram devolvidos às vítimas do golpe. “Esses criminosos não devolveram um real. O dinheiro roubado continua roubado, e a indignação do povo brasileiro é com essa blindagem e essa impunidade”, concluiu o relator, em tom de revolta.



