Durante a sessão da Câmara Municipal na quinta-feira (6/11), a vereadora Teca Nelma (PT) defendeu a implementação da tarifa zero no transporte público de Maceió, destacando a importância de encarar a mobilidade como um direito social e não como privilégio. A fala da parlamentar ocorreu após reunião convocada pelo vice-governador Ronaldo Lessa, que discutiu alternativas para a adoção da política de transporte gratuito na capital e na Região Metropolitana.
Em sua fala, Teca ressaltou que o transporte público é um serviço essencial e que garantir a gratuidade significa assegurar o direito básico de ir e vir, permitindo que trabalhadores e estudantes tenham acesso digno a trabalho, educação, saúde, cultura e lazer. “Hoje, o maceioense enfrenta ônibus sucateados, linhas longas e mal distribuídas. É um sistema que penaliza quem mais depende dele”, afirmou a vereadora, lembrando que o cidadão perde, em média, mais de duas horas por dia no trajeto entre casa e trabalho.
Para a parlamentar, a tarifa zero representa uma mudança de paradigma ao transformar o transporte em um direito de todos, com impacto direto na mobilidade, na economia e na redução das desigualdades. “Quando o trabalhador deixa de gastar com passagem, esse dinheiro volta para a economia local, fortalecendo o comércio, os serviços e o poder de compra das famílias”, explicou Teca, citando experiências bem-sucedidas em cidades como Caucaia (CE) e Maricá (RJ), que comprovaram o impacto positivo da medida.
Teca também reforçou que a principal barreira para a implantação da tarifa zero não é a falta de recursos, mas a falta de prioridade política. “Tanto se fala em superávit financeiro e no crescimento do turismo em Maceió, então o problema não é dinheiro, é vontade política. A tarifa zero precisa ser vista como investimento em cidadania, não como custo”, defendeu.
Por fim, a vereadora destacou a necessidade de construir um plano sólido e participativo para a política pública. “Precisamos de metas, prazos e fontes de financiamento claras. A Câmara deve fazer parte desse debate, porque ele diz respeito à vida de quem vive e trabalha nesta cidade”, concluiu.



