O ministro Luiz Fux revelou nesta terça-feira (11) que sua decisão de se transferir para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) foi motivada pela admiração pela “tutela das liberdades”, especialmente a liberdade de expressão. Em discurso durante a primeira sessão no novo colegiado, Fux afirmou que a mudança reflete seu apreço pela atuação da Turma em temas sensíveis e de grande impacto social.
“Eu fiz o pedido de transferência exatamente por admirar as inovações, a jurisprudência e, acima de tudo, a tutela das liberdades em geral, inclusive a liberdade de expressão”, declarou o ministro, que anteriormente integrava a Primeira Turma. Fux passou a compor o grupo formado por Gilmar Mendes, André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli.
Durante a recepção, o decano Gilmar Mendes deu as boas-vindas ao novo integrante e destacou o papel histórico da Segunda Turma na defesa das garantias individuais. “Vossa Excelência passa a integrar um colegiado cuja identidade jurisdicional foi forjada na salvaguarda da liberdade”, disse. Gilmar também relembrou a decisão que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito nos processos contra o ex-presidente Lula, classificando-a como “um desnudamento de uma metodologia de subversão do sistema acusatório”.
Apesar das divergências passadas nos julgamentos da Operação Lava Jato, a chegada de Fux à Segunda Turma foi marcada por discursos de respeito mútuo e pelo reconhecimento da importância do diálogo dentro da Corte.



