Desde 4 de agosto, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprisse prisão domiciliar, sua rotina no condomínio de alto padrão em Brasília tem sido marcada por vigilância constante e visitas frequentes. A residência onde vive com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha caçula permanece sob escolta policial 24 horas por dia, sete dias por semana.
Os primeiros 100 dias, segundo levantamento apontam que Bolsonaro recebeu 69 pessoas em 62 ocasiões autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente praticamente não ficou sozinho no período, e algumas reuniões ocorreram de forma coletiva. Apesar das restrições de comunicação, a movimentação de aliados e apoiadores nunca cessou no local.
Segundo o levantamento, quase metade dos visitantes era composta por aliados políticos, entre eles o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O grupo também inclui nove senadores e 17 deputados federais. O segundo grupo mais frequente é formado por religiosos, que visitaram a família para oferecer apoio espiritual.
As visitas dos filhos Flávio, Carlos e Renan não foram contabilizadas, pois eles têm acesso livre à casa. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), impedido por decisão judicial de manter contato com o pai, segue nos Estados Unidos desde antes da determinação da prisão domiciliar.



