A prisão do ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (12), provocou forte reação entre parlamentares. A operação investiga fraudes em aposentadorias e pensões, nas quais Stefanutto é suspeito de autorizar descontos indevidos em massa em benefício da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que a ação é “apenas o começo” e que novas prisões deverão ocorrer.
Para Viana, a operação foi “urgente e alinhada com a gravidade” das suspeitas, reforçando que “ninguém movimenta tanto dinheiro sem apoio interno”. O senador Sérgio Moro (União-PR) também se manifestou, classificando Stefanutto como “arrogante” e suspeito de ser “mais um ladrão de aposentados e pensionistas”. Ele ainda ironizou os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, apontados como operadores do esquema e já presos desde setembro.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), integrante da CPMI, parabenizou o trabalho da PF, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do ministro André Mendonça, do STF, que autorizou a prisão. “Estamos só começando”, afirmou, destacando que a Comissão continuará pedindo prisões, bloqueios de bens e quebras de sigilos. Já o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, classificou a operação como “um grande dia para o Brasil” e disse que o caso mostra que “a verdade começou a derrubar quem se achava intocável”.



