Íris Ferreira Rodrigues, de 25 anos, foi encontrada morta na sexta-feira (14) em Águas Formosas (MG), um dia após ter sido alvo da Operação Sem Desconto, que apura fraudes bilionárias contra aposentados do INSS. A Polícia Civil investiga o caso como possível suicídio, mas o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) ainda não foi concluído e, até o momento, nenhuma carta foi localizada.
Dona de uma consultoria, Íris era investigada por sua relação com o presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, que teve prisão decretada e segue foragido. Pessoas próximas afirmam que os dois mantinham um relacionamento e que o patrimônio da jovem cresceu rapidamente nos últimos anos, incluindo o período em que ela chegou a morar em uma mansão em Brasília.
A empresa de Íris, aberta em 2023, utilizava um e-mail institucional da Conafer, entidade que teve um salto expressivo em descontos em folha, de R$ 350 mil em 2019 para R$ 202 milhões em 2023, e que está no centro das investigações. A jovem também se apresentava como indígena Maxakali, informação que passou a ser analisada pelas autoridades.
A morte de Íris adiciona um novo capítulo à Operação Sem Desconto, que já havia revelado possível esquema milionário envolvendo descontos irregulares aplicados a beneficiários do INSS. As investigações seguem em andamento, enquanto a Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo para esclarecer as circunstâncias da morte.


