Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, aposta em uma articulação direta com parlamentares do Centrão e da direita para garantir sua aprovação no Senado. O nome do AGU será submetido à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, ao crivo do plenário, onde precisará de ao menos 41 votos entre os 81 senadores para assumir o cargo de ministro da Corte.
Segundo algumas fontes, Messias pretende iniciar sua rodada de conversas justamente com as bancadas de centro e de direita, reforçando que sua atuação no STF será guiada por critérios técnicos, e não ideológicos. Na AGU, ele já manteve interlocução frequente com parlamentares de diferentes espectros políticos, e assessores afirmam que nunca houve atritos com opositores do governo.
Com experiência acumulada no próprio Senado, onde atuou por quatro anos como chefe de gabinete de Jaques Wagner (PT-BA), atual líder do governo, Messias acredita que conhecer os bastidores da Casa será uma vantagem. Seu desafio inclui ainda quebrar resistências entre aliados de Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga no Supremo. A expectativa é que o trânsito político construído ao longo dos anos ajude o AGU a consolidar o apoio necessário para vestir a toga.


