A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou, nesta sexta-feira (21), nove exames e um relatório médico ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na tentativa de evitar que o ex-presidente deixe a prisão domiciliar e seja transferido para o regime fechado. A medida ocorre no contexto da condenação de 27 anos e três meses, cuja execução depende do trânsito em julgado.
Entre os documentos apresentados estão exame anatomopatológico, polissonograma, doppler de artérias cervicais, angiotomografias do tórax e coronárias, tomografias do abdome e do tórax, além de endoscopia e colonoscopia. Segundo a defesa, os resultados mostram um quadro de saúde delicado que impossibilitaria Bolsonaro de cumprir pena em uma unidade prisional.
Os advogados afirmam que a transferência para um presídio representaria “risco à vida” do ex-presidente e poderia gerar “graves consequências” à sua condição clínica. A argumentação cita ainda que crises recentes de saúde reforçam a necessidade de manutenção do atual regime domiciliar.
A petição lista as enfermidades de Bolsonaro, entre elas refluxo gastroesofágico com esofagite, hipertensão primária, doença aterosclerótica do coração, oclusão e estenose de carótidas, apneia do sono e carcinoma de células escamosas “in situ”. A defesa espera que os exames sejam considerados por Moraes ao decidir sobre o futuro do ex-presidente.


