O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para receber 16 visitas durante o período em que cumpre prisão domiciliar. O pedido foi apresentado às vésperas de uma eventual ordem para início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses em regime fechado, imposta no processo que apura a trama golpista. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Na solicitação, a defesa argumenta que os encontros têm finalidade de “diálogo direto” com o ex-presidente. Segundo os advogados, as visitas tratariam de temas jurídicos e políticos, em um momento em que Bolsonaro busca manter sua rede de apoio ativa diante da possibilidade de transferência para o regime fechado. O pedido aguarda decisão de Moraes, responsável pela execução penal e pelas medidas cautelares aplicadas ao ex-presidente, com datas a serem definidas caso haja autorização.
A análise no Supremo é acompanhada por aliados de Bolsonaro, que veem a decisão como determinante para o nível de acesso do ex-presidente a interlocutores em meio ao aumento da pressão jurídica e política.
A lista enviada ao STF inclui:
Deputada Bia Kicis (PL-DF);
Deputada Julia Zanatta (PL-SC);
Senador Carlos Portinho (PL-RJ);
Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
Ex-desembargador Sebastião Coelho;
Apresentador Tiago Pavinatto;
Padre Kelmon (PL-SP);
Deputado Onyx Lorenzoni (PL-RS);
Dirigente do PL Antônio Machado Ibiapina;
Deputado Gilvan Aguiar Costa (PL-ES);
Deputado Giovani Cherini (PL-RS);
Deputado Lenildo Mendes (Delegado Caveira) (PL-PA);
Almirante Flávio Augusto Viana Rocha, ex-secretário Especial de Assuntos Estratégicos;
Secretário do PL Bruno Bierrenbach Bonetti;
Abilio Brunini (PL-MT), prefeito de Cuiabá;
Jornalista Augusto Nunes da Silva.


