A Primeira Turma do STF já registra dois votos pela manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Alexandre de Moraes, relator do caso, defendeu que Bolsonaro descumpriu de forma reiterada medidas cautelares e violou a tornozeleira eletrônica de maneira dolosa, além de ter admitido que mexeu no equipamento, caracterizando falta grave e desrespeito à Justiça.
O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes, e o julgamento segue no plenário virtual até as 20h. Com a atual composição de Moraes, Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, e sem a presença de Luiz Fux, antes voz divergente no colegiado, a decisão pela manutenção da prisão tende a ser unânime.
A prisão preventiva foi decretada na madrugada de sábado (22), após Moraes avaliar que a violação da tornozeleira e a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) indicavam possível tentativa de fuga. Desde então, o ex-presidente está detido em cela especial na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
A defesa de Bolsonaro sustenta que a violação foi resultado de “confusão mental” causada por interação de medicamentos e que o ex-presidente acreditou haver uma “escuta” no dispositivo. Os advogados afirmam que o comportamento registrado no vídeo da Seape é incompatível com fuga e ressaltam que Bolsonaro não teria condições de deixar sua residência, monitorada por policiais federais em condomínio fechado.


