O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União barraram, nesta última segunda-feira (24), a proposta do Governo de Alagoas para alterar o local e a forma de construção do novo complexo de saúde mental que substituirá o Hospital Portugal Ramalho. As instituições afirmam que a mudança geraria atraso, insegurança jurídica e possível prejuízo aos cofres públicos.
O governo sugeriu assumir diretamente a obra, contrariando o acordo já homologado pela Justiça, que determina que a Braskem deve construir e entregar o hospital pronto, sem custos adicionais ao Estado. A mudança, segundo MPF e DPU, rompe o que já está garantido judicialmente.
As instituições também rejeitaram a troca do terreno no Jaraguá, apontado por órgãos técnicos como o mais adequado. O local foi declarado de utilidade pública e sua alteração faria o processo retornar à estaca zero, ampliando a demora para iniciar a construção.
MPF e DPU lembram ainda que a Braskem já foi notificada a pagar a desapropriação do terreno e o prazo está perto do fim. Mexer no endereço, agora, poderia inviabilizar essa etapa.
O novo complexo é considerado urgente porque o prédio atual está comprometido pela subsidência causada pela extração de salgema. O projeto já segue as diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial. Para os órgãos de controle, qualquer mudança neste momento afeta diretamente pacientes que dependem do atendimento psiquiátrico.



