A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (1º) que as eleições de 2026 ocorrerão sem qualquer tipo de interferência. A declaração foi feita durante a abertura do Teste Público de Segurança (TPS) dos sistemas eleitorais, evento que marca o início da etapa anual de verificação dos mecanismos que garantem a integridade do voto no Brasil. Segundo a ministra, o objetivo é assegurar um processo “seguro, tranquilo e transparente”.
Cármen Lúcia reforçou que o TPS existe para garantir o “sossego eleitoral” do cidadão, permitindo que cada eleitor tenha absoluta convicção de que seu voto é único, individual e livre de influências externas. Ela destacou que a função do procedimento é garantir que a urna reflita apenas a vontade do eleitor, “sem interferência de quem quer que seja neste momento”, afastando qualquer narrativa de fragilidade do sistema.
O Teste Público de Segurança é um mecanismo no qual especialistas analisam os sistemas das eleições em busca de vulnerabilidades. A iniciativa, criada em 2009 e obrigatória desde 2016, ocorre sempre no ano anterior ao pleito. Nesta edição, o TSE registrou um número recorde de inscritos e de planos de testes apresentados. Das 149 propostas recebidas, 38 foram selecionadas para execução, o maior volume já aprovado em todas as oito edições do TPS.
Os investigadores trabalharão ao longo desta semana na tentativa de identificar falhas ou pontos de melhoria. Caso algum ajuste seja necessário, os técnicos do TSE serão convocados para uma fase adicional de checagem e validação, prevista para maio do próximo ano. O processo reforça o compromisso da Corte em aperfeiçoar continuamente os sistemas e consolidar a confiança do eleitorado brasileiro no processo eleitoral.


