A CPMI do INSS rejeitou, nesta quinta-feira (4), a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta, apresentada pelo partido Novo, obteve 12 votos favoráveis e 19 contrários. O requerimento alegava a existência de indícios financeiros que poderiam conectar operadores do esquema de fraudes a pessoas próximas ao presidente, incluindo Lulinha.
O Novo citou no pedido o caso de Ricardo Bimbo, dirigente do PT que teria recebido mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa envolvida no esquema. No mesmo período, Bimbo teria pago um boleto ao contador de Lulinha, investigado na Operação Fim da Linha por suspeita de lavagem de dinheiro. Para a legenda, o episódio justificaria a necessidade do depoimento.
O requerimento foi assinado pelos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Eduardo Girão (Novo-CE), Adriana Ventura (Novo-SP) e Luiz Lima (Novo-RJ). Eles afirmaram que a CPMI deve investigar todas as conexões políticas e financeiras “sem blindagens” e defenderam que ouvir Lulinha seria essencial para esclarecer possível uso de sua estrutura contábil ou qualquer ligação indireta com o esquema.
Enquanto isso, a comissão segue suas apurações sobre fraudes em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. Nesta quinta-feira, os parlamentares ouvem o presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), Américo Monte Júnior.



