O governo dos Estados Unidos estuda revogar as sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a sua esposa Viviane Barci de Moraes. Fontes norte-americanas informaram que o pedido já chegou à Casa Branca e está sob análise. A decisão, se confirmada, representaria uma reversão ao uso da Lei Global Magnitsky, que havia sido aplicada ao casal em julho de 2025.
Segundo interlocutores envolvidos nas negociações, a retirada das sanções dependeria de um amplo acordo entre os governos dos EUA e do Brasil, liderado pelos presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. As concessões exigidas pelos americanos incluiriam o acesso a reservas de terras raras brasileiras, a suspensão de medidas de censura a redes sociais, a revogação de impostos sobre grandes empresas de tecnologia, cooperação no combate ao crime organizado e o fim de parcerias do Brasil com a China no setor espacial, algo que favoreceria a Starlink.
Também se apura o papel de empresários no processo de mediação. Fontes indicam que os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, da empresa JBS, teriam intermediado o diálogo entre os governos, após recentes viagens aos Estados Unidos. A JBS estaria disposta, segundo esses relatos, a reduzir preços da carne exportada ao mercado americano como parte das concessões.
A possível revogação das sanções reacende o debate sobre o uso da lei estadunidense como instrumento de pressão diplomática e suas consequências para a soberania e relações internacionais do Brasil. Observadores políticos apontam que, além do impacto simbólico, a medida poderia reabrir espaço para negociações estratégicas entre os dois países.



