O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu em defesa, neste sábado (6), da decisão do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de indicar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como nome do grupo para disputar a Presidência da República em 2026. Autoexilado nos Estados Unidos, Eduardo afirmou que a escolha representa um “xeque-mate” contra setores que defendiam um candidato mais alinhado à centro-direita e fora da família.
A indicação de Flávio, antecipada pela coluna de Paulo Cappeli, no Metrópoles, ocorreu após Jair Bolsonaro ser preso preventivamente por violar a tornozeleira eletrônica. A decisão provocou divergências dentro do próprio campo bolsonarista, especialmente entre aliados que defendiam uma alternativa considerada mais pragmática, como a do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Eduardo Bolsonaro afirmou que o gesto do pai encerra disputas internas e reafirma o protagonismo da família na condução do movimento bolsonarista. Para ele, a indicação de Flávio reforça unidade e delimita as alianças para a próxima disputa presidencial.
Nos bastidores, porém, aliados demonstraram preocupação com os efeitos da escolha na articulação política, já que a preferência pelo senador contraria parte da base que apostava em nomes com maior trânsito além do núcleo mais fiel ao ex-presidente.


