A advogada Júlia Nunes usou as redes sociais para denunciar o que classificou como descaso na rede pública de saúde do estado. Em uma sequência de stories no Instagram, ela relatou a situação vivida pelo pai de uma amiga próxima, que estaria há mais de um dia internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sem transferência para um hospital adequado.
Segundo Júlia, o paciente foi diagnosticado com derrame pleural e permanece na chamada área vermelha da UPA, mesmo após a unidade já ter solicitado a regulação para encaminhamento hospitalar. A advogada destacou que UPAs não são locais de internação prolongada e servem apenas para estabilizar pacientes antes da transferência para hospitais de maior complexidade.
No desabafo, ela afirmou que a demora na regulação é responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) e criticou o fato de, em casos de morte, a culpa recair sobre as UPAs. “Quando morre na UPA, jogam a responsabilidade na unidade, mas quem não encaminha é a Secretaria”, disse, ao mencionar ainda denúncias de corrupção e superlotação.
Júlia Nunes também responsabilizou diretamente o governador pela situação, afirmando que falta investimento e gestão eficiente na saúde pública. Ela criticou ainda o funcionamento do sistema em dias de ponto facultativo e questionou quem responderá pela vida do paciente e de tantos outros que, segundo ela, seguem à espera de atendimento adequado.
Maceió, 27 de dezembro de 2025
