Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Alagoas seis pessoas morreram de meningite por meningococo entre o período de janeiro e setembro de 2025. No total, 14 casos da doença foram confirmadas nesse período. Tais números levaram os Conselhos de Secretarias de Saúde, estadual e nacionalmente, a se reunirem na última semana com o Ministério da Saúde para discutir o panorama da doença no Estado e estratégias para a reversão do quadro.
Segundo o Cosems, uma comitiva estará em Alagoas na primeira quinzena de setembro para avaliar os casos e adotar as medidas cabíveis no intuito de reverter ou minimizar a situação. “A letalidade em Alagoas já superou a média nacional e requer uma resposta urgente e coordenada para enfrentar essa crise” destacou Rodrigo Buarque. Foi enfatizado que, entre os diferentes sorogrupos de miningococo, o tipo B ainda não é coberto pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que tem afetado uma endemia no estado principalmente entre as crianças menores de cinco anos.
A Sesau, no início de julho deste ano emitiu um alerta à população sobre a importância da prevenção contra a meningite, tanto meningocócica como a pneumocócica. Até agosto, foram registrados em Alagoas sete casos de meningite causada por Pneumococo, com 4 mortes. Uma delas foi a de Anna Vitória Queiroz, uma criança de apenas dois anos. A menina apresentava hematomas no rosto e no pescoço, que inicialmente foi suspeita de agressão, no entanto, a Sesau confirmou que a causa da morte foi a meningite.
Manter o esquema vacinal é a forma mais eficaz de prevenção, já que a doença pode ser evitada com a imunização. Conforme o Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI), a vacina preconizada é a meningocócica ACWY. Ela protege a pessoa imunizada contra quatro tipos da bactéria causadora da meningite e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), em postos de saúde dos 102 municípios alagoanos.