O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, é acusado de transformar seu gabinete na Câmara dos Deputados em um verdadeiro cabide de empregos. Segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (7), o parlamentar empregou a própria companheira, uma cunhada e dois concunhados, com salários que já somam mais de R$ 2,1 milhões pagos pelos cofres públicos.
A companheira do deputado, Elizabeth Dias de Oliveira, foi a principal beneficiada. Lotada no gabinete desde abril de 2020, ela recebeu cerca de R$ 1,2 milhão em vencimentos e chegou ao topo da carreira de secretária parlamentar, com remuneração bruta de R$ 18,7 mil, além de auxílios. O casal formalizou a união estável em 2022, mas, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), esse vínculo já é suficiente para configurar parentesco por afinidade — o que pode caracterizar nepotismo.
Em um primeiro momento, Chrisóstomo minimizou a polêmica e afirmou não ver problema em empregar familiares. No entanto, após a repercussão negativa, o deputado enviou uma nota à imprensa nesta sexta informando que havia demitido todos os parentes nomeados em seu gabinete.



