Mais da metade dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, já foram identificados. As necropsias estão sendo realizadas no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, que foi temporariamente fechado para receber exclusivamente os corpos da ação mais letal da história brasileira.
A Polícia Civil confirmou que parte dos cadáveres foi liberada para as famílias, mas não divulgou detalhes sobre nomes ou idades das vítimas. A identificação e liberação estão sendo acompanhadas de perto pela Defensoria Pública. É obrigatório que os parentes se cadastrem previamente no Detran-RJ, ao lado do necrotério, antes de realizar o reconhecimento oficial.
O número oficial de mortos na operação, que chegou a 121, incluindo quatro policiais, só é contabilizado após a entrada dos corpos no IML. A situação se tornou dramática quando moradores das comunidades afetadas recuperaram e enfileiraram cerca de 70 corpos em uma praça, alegando terem sido impedidos de chegar ao local do confronto.
Diante do cenário, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar os moradores que retiraram os corpos da mata, sob alegação de fraude processual. Enquanto isso, o Disque Denúncia já oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura de Edgard Alves de Andrade, o Doca, líder do Comando Vermelho na Vila Cruzeiro, e alvo prioritário da operação.



