O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais essa semana para atacar a proposta de um acordo que prevê a redução das penas dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O parlamentar classificou a articulação como “indecorosa e infame” e direcionou sua crítica ao relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
“Um conselho de amigo. Muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Pois, assim como está expresso na lei, todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, escreveu Eduardo, que está nos Estados Unidos.
A manifestação ocorre após a revelação de um acordo articulado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), com aval do governo Lula, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e de ministros do STF. O entendimento prevê apenas a diminuição das penas, o que manteria Jair Bolsonaro e seus aliados de alto escalão condenados. “A anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação”, reforçou Eduardo Bolsonaro, acusando a iniciativa de ser uma tentativa de imposição “na marra”.
As condenações pelos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília chegaram a 17 anos de prisão em regime fechado para alguns réus. Jair Bolsonaro, apontado pelo Supremo como chefe da organização criminosa, recebeu pena de 27 anos e três meses.