A auditoria encomendada pelo presidente Rafael Tenório revelou uma série de problemas que evidenciam falhas de controle e de transparência dentro do CSA. O relatório aponta omissão do Conselho Deliberativo em fiscalizar movimentações financeiras relevantes, contribuindo para um dos períodos mais delicados da administração azulina. Os documentos analisados indicam ausência de registros completos e falta de acompanhamento institucional.
Segundo a auditoria, mais de R$ 2,3 milhões foram retirados em espécie, sem notas fiscais, recibos ou justificativas formais. Os saques, muitos deles no valor de R$ 49.990, ficaram dentro do limite que evita comunicação automática ao COAF, criando um padrão que chamou atenção dos auditores. O levantamento ainda identificou notas fiscais inexistentes, canceladas ou adulteradas, além de pagamentos duplicados a fornecedores.
Irregularidades na construção do Centro de Treinamento também foram destacadas, incluindo despesas sem contrato, serviços prestados sem nota fiscal e presença de intermediários não formalizados. O uso do cartão corporativo sem prestação de contas adequada, bem como rescisões trabalhistas pagas duas vezes, reforçam o cenário de desorganização administrativa. Empresas ligadas a conselheiros também aparecem em contratos considerados suspeitos.
O relatório descreve um contexto de fragilidade na governança do clube, marcado pela falta de controles internos e pela ausência de acompanhamento sistemático por parte do Conselho Deliberativo. Com as informações agora documentadas pela gestão de Rafael Tenório, cresce a expectativa por esclarecimentos e medidas que garantam responsabilização e reforcem a transparência. O torcedor aguarda um posicionamento oficial e ações que restabeleçam a confiança na gestão do CSA.



