Menos de 24 horas após o atentado que terminou com a morte do empresário Aderbal Gomes de Albuquerque Araújo, de 43 anos, a Polícia Civil de Alagoas informou, que já identificou o autor dos disparos. O crime ocorreu na tarde de quarta-feira (23), na orla da Ponta Verde, em Maceió. A vítima foi atingida por ao menos cinco tiros quando estava dentro de uma Mercedes-Benz e chegou a acionar a esposa antes de ser socorrida. Ele morreu na madrugada desta quinta-feira (24), no Hospital Geral do Estado (HGE).
Segundo a polícia, o ataque foi executado por três indivíduos. Um deles atirou de dentro do carro, outro desceu e efetuou os disparos à queima-roupa, enquanto o terceiro tentou sair, mas recuou. A placa do veículo utilizado no crime era clonada, o que dificultou inicialmente a investigação. No entanto, imagens de câmeras de segurança e o relato da vítima à esposa ajudaram a polícia a identificar rapidamente os autores.
De acordo com o delegado Sidney Tenório, em entrevista ao Agora Alagoas, diretamente da sede da Polícia Civil, no bairro da Cruz das Almas, titular da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), a esposa de Aderbal relatou que ele havia marcado um encontro para receber um valor em dinheiro de uma pessoa conhecida. Essa pessoa é apontada como o autor intelectual do crime. O suspeito, já identificado por foto, possui extensa ficha criminal, com passagens por tráfico de drogas, estelionato, homicídio e receptação.
“Ele ainda teve tempo, que é raro, de dizer à esposa quem foi o autor daquela emboscada. Temos um nome e uma foto, e estamos tentando prender essa pessoa em flagrante. Sabemos que o suspeito tem envolvimento com o tráfico de drogas no Litoral Norte de Alagoas e que devia uma quantia significativa ao Aderbal. Acredita-se que preferiu matá-lo a pagar a dívida”, afirmou o delegado.
Apesar do histórico da vítima, a polícia acredita que Aderbal não tinha envolvimento com o tráfico. Empresário do ramo de energia solar, ele tinha antecedentes por crimes como assalto, estelionato, violência doméstica, receptação e homicídio. Sua última prisão foi em novembro de 2024, quando foi flagrado desviando cargas de acessórios para sistemas de energia solar, com o objetivo de revendê-las ilegalmente.
A Polícia Civil segue com as investigações e trabalha para localizar e prender o principal suspeito. A motivação do crime, segundo as primeiras informações, estaria ligada à dívida entre os envolvidos, mas outras hipóteses também estão sendo analisadas. O delegado reforçou que o trabalho segue com cautela e diligência para esclarecer completamente o caso.