A relação diplomática entre Brasil e Israel deve sofrer novo abalo com a saída do embaixador israelense Daniel Zonshine, prevista para terça-feira (12). No cargo desde 2021, Zonshine deixará o posto para se aposentar, e, até o momento, o governo brasileiro não autorizou a nomeação de um substituto, mantendo o cargo vago.
O indicado por Israel para assumir a embaixada, Gali Dagan, ex-embaixador na Colômbia, aguarda desde janeiro a concessão do agrément, autorização formal para assumir a função, por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de não aprovar, por ora, o nome sugerido é visto como reflexo da tensão bilateral, acirrada pela guerra na Faixa de Gaza.
Antes de se despedir, Zonshine participou de um café da manhã com deputados do Republicanos, ocasião em que lamentou os atritos entre os países, mas assegurou que a embaixada seguirá funcionando mesmo sem chefe do primeiro escalão. Fontes ligadas à diplomacia israelense afirmam que ainda não está definido quem ficará interinamente no comando da missão em Brasília.