Na sessão desta segunda-feira (8), a Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, por votação simbólica, a Moção 139/2025, que declara o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “persona non grata” na capital mineira. A proposta, de autoria do vereador Pablo Almeida (PL), critica a condução dos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e menciona sanções impostas a Moraes pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky.
A moção foi impugnada pela bancada do PT, o que levou à votação em plenário. A manifestação contrária à proposta foi registrada apenas pelos vereadores do PT, Juliana Santos (PSOL) e Helton Júnior (PSD). A Moção 152/2025, protocolada por Pedro Rousseff (PT) em apoio a Moraes, ainda não foi votada.
Durante a sessão, o vereador Bruno Pedralva (PT) destacou os crimes mencionados por Moraes no relatório contra Bolsonaro e afirmou: “Finalizo dizendo que, pela primeira vez na história, o golpista vai, sim, para o banco dos réus.” Por outro lado, o vereador Vile (PL) comentou: “Essa moção é um recado da Câmara Municipal para Alexandre de Moraes”, reforçando o caráter simbólico da medida.
A decisão reflete a polarização política presente na Câmara Municipal e nas esferas políticas de Minas Gerais.