O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) analisou, nesta segunda-feira (22), a ação que pode anular o mandato do deputado federal Paulão (PT). O processo busca validar a recontagem dos mais de 24 mil votos recebidos por João Catunda (PP) nas eleições de 2022, o que, por via indireta, pode beneficiar o candidato derrotado Nivaldo Albuquerque (Republicanos).
Durante a sessão, o relator do processo, desembargador Sóstenes Andrade, acatou o pedido da defesa de Paulão, liderada pelo advogado Luciano Guimarães, para atuar como assistente na ação. A decisão foi acompanhada por unanimidade pelos demais membros da Corte, e a defesa terá cinco dias úteis para apresentar suas teses por escrito.
O julgamento, no entanto, foi marcado por confusão. Um bate-boca entre advogados interrompeu a sessão após trocas de insultos entre Luciano Guimarães e Hugo Veloso, representante de Nivaldo Albuquerque. Em outro momento, o advogado de defesa de Paulão reagiu a uma interpelação feita por uma mulher da plateia, o que aumentou ainda mais a tensão. Diante do clima de confronto, o presidente do TRE-AL, desembargador Klever Loureiro, determinou a retirada dos advogados envolvidos, que deixaram o plenário de forma espontânea.
Agora, uma nova data será marcada para a continuidade do julgamento. Enquanto a defesa de Paulão deve pedir a anulação da sessão, alegando irregularidades no trâmite do processo, o deputado afirmou estar confiante de que a Justiça vai reconhecer “o bom direito”, evitando que um candidato derrotado possa afetar seu mandato “por vias transversas”.
Maceió, 23 de setembro de 2025
