O prefeito de Messias, Marcos Silva, se pronunciou nesta segunda-feira (9) nas redes sociais sobre a crise política que tomou conta do município. Em um desabafo direto, o gestor afirmou estar sendo alvo de “falta de respeito e de consideração” por parte de adversários que, segundo ele, o acusam injustamente. Marcos Silva destacou que o presidente da Câmara, Geraldo Santos, foi seu aliado por quatro anos e afirmou não entender a mudança repentina na postura do parlamentar. “Geraldo, fale a verdade! Somente a verdade”, declarou.
Em sua fala, o prefeito criticou duramente o presidente da Câmara, acusando-o de usar “políticagem suja” para colocá-lo contra a comunidade católica. Ele também afirmou que Geraldo Santos não tem prerrogativa legal para doar terrenos, como teria sugerido. “Pés no chão, Geraldo. Deixa de querer vir me desgastar”, afirmou Marcos Silva.
A crise política ocorre em meio a novos entraves judiciais enfrentados pelo prefeito. O Tribunal Superior Eleitoral manteve a multa de R$ 20 mil imposta a ele e ao vice-prefeito por manter publicidade institucional em período proibido durante as eleições de 2024. A decisão confirmou o entendimento do TRE-AL de que o portal da prefeitura veiculou conteúdos com slogan semelhante ao da campanha, configurando irregularidade eleitoral.
O cenário se agravou após o rompimento de sete vereadores da base aliada, que promoveram a antecipação da eleição da mesa diretora da Câmara em uma manobra considerada irregular. Nos bastidores, a ação é vista como o primeiro passo para um processo de cassação do prefeito. Há relatos de que a articulação teria sido financiada com recursos ilícitos ligados à chamada “maleta preta”, com suposta oferta de mais de R$ 100 mil a cada parlamentar envolvido.
Entre os vereadores que aderiram ao movimento estão Marcinho Calheiros, Thaysinha Peixoto, Del Filho, Djalma Elias, Eliane Buarque e Geraldo Santos. Após o rompimento, Marcos Silva reagiu exonerando todas as indicações políticas ligadas aos dissidentes, num recado de que sua gestão não cederá a pressões. A instabilidade segue aumentando e o município enfrenta um dos momentos mais delicados de sua história recente.
Maceió, 9 de dezembro de 2025
