A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF nesta quinta-feira (27) que ele não utilizou telefone celular durante a visita do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), realizada na última sexta-feira (21), garantindo que todas as medidas cautelares foram cumpridas “estritamente”. Segundo os advogados, o encontro ocorreu na área externa da casa, sob monitoramento da polícia penal, permitindo inclusive as imagens de drone divulgadas pela imprensa.
Bolsonaro permaneceu cerca de três meses em prisão domiciliar e estava proibido de usar celular — restrição que também se estendia aos visitantes. As imagens, no entanto, mostram Nikolas Ferreira manuseando um aparelho durante a conversa com o ex-presidente. Bolsonaro aparece sem usar o dispositivo.
Após a divulgação do vídeo, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa explicasse a possível violação das medidas impostas pelo STF. Em resposta, os advogados afirmaram que Bolsonaro não teve “uso ou mesmo contato visual” com o celular do deputado e reforçaram que o ex-presidente cumpriu todas as restrições ao longo do período de prisão domiciliar.
Nikolas Ferreira, por sua vez, afirmou no domingo (23), em publicação no X, que não recebeu nenhuma comunicação sobre proibição do uso de celular durante a visita, nem do Judiciário nem dos agentes responsáveis pela fiscalização.


