O Deputado Federal Delegado Fabio Costa denunciou nesta terça-feira a escalada de violência em São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas, onde três pessoas foram assassinadas em menos de 24 horas. Duas idosas foram baleadas — uma delas morreu no Hospital Geral do Estado. Para o parlamentar, a cidade vive “um cenário de guerra entre facções”, enquanto o governo estadual não consegue apresentar resposta capaz de frear a criminalidade.
Os crimes ocorreram entre a noite de domingo e a tarde de segunda-feira. O caso mais recente foi o assassinato de Aislan, estudante de engenharia civil do Ifal e sem qualquer envolvimento com o tráfico, que foi baleado ao chegar na casa de uma amiga no Loteamento Mutirão. Ele foi atingido no peito e morreu antes de receber atendimento. Horas antes, um homem havia sido executado e a idosa Vânia Maria dos Santos morreu após ser atingida no rosto por uma bala perdida. Outra idosa também foi baleada em circunstâncias semelhantes.
Fabio Costa afirmou que os episódios revelam a perda de controle da segurança pública no município e responsabilizou o governo de Paulo Dantas pela falta de comando. “São Miguel dos Campos está à mercê de facções. A população vive com medo e o Estado assiste de longe, como se essa tragédia fosse normal. O governador precisa assumir as rédeas imediatamente”, declarou o deputado.
O parlamentar também cobrou uma atuação firme do secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, que, segundo ele, “não tem conseguido dar uma resposta mínima à escalada de violência”. Fabio Costa destacou que os policiais civis e militares da cidade estão fazendo sua parte, mas carecem de diretrizes claras, estrutura adequada e presença operacional que impeçam novos ataques. “A PM está nas ruas, mas falta estratégia, falta estrutura aos policiais e falta comando para enfrentar as facções que disputam território”, afirmou.
Para Fabio Costa, a morte de um jovem sem qualquer histórico criminal e as duas idosas baleadas ilustram o nível de insegurança ao qual a população está exposta. Ele disse que continuará cobrando providências e que a situação exige uma força-tarefa imediata. “O cidadão está sendo atingido até dentro de casa. Quem governa Alagoas precisa agir agora. A vida das pessoas não pode ser tratada como estatística”, concluiu.
Maceió, 3 de dezembro de 2025
