Eduardo Bolsonaro elevou o tom contra Nikolas Ferreira e escancarou o clima de rivalidade dentro do bolsonarismo. A ofensiva pública aprofunda o racha entre expoentes da direita, que já enfrenta desgaste, disputas internas e perda de relevância política. O ataque é mais um sintoma de um movimento que se fragmenta na base e se esvazia no topo.
A gota d’água foi o silêncio de Nikolas diante das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil — um baque econômico que derruba a narrativa de submissão ideológica a Washington. Irritado, Eduardo foi às redes sociais cobrar posicionamento do aliado, jogando na lama a suposta harmonia entre os dois. O episódio expõe o jogo de vaidades em meio à crise.
Além disso, Eduardo não perdoa a falta de apoio explícito de Nikolas durante a imposição de tornozeleira a Jair Bolsonaro. A ausência foi lida como omissão — ou traição — num momento simbólico. Apesar das tentativas de aliados em negar o conflito, o bolsonarismo parece cada vez mais entregue a disputas internas e egos inflamados.