O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante participação remota, nesta quarta-feira (27), na subcomissão especial que investiga supostas violações de direitos de condenados pelos atos de 8 de janeiro. Segundo o parlamentar, que está nos Estados Unidos desde o início do ano, Moraes seria “merecedor de todas as sanções”. “Toda vez que ele (Alexandre de Moraes) dobra a posta, ele nos dá a chance de saber que ele é merecedor de todas as sanções”
Eduardo, que foi indiciado pela Polícia Federal ao lado do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta tentativa de obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, afirmou ainda que não está no Brasil porque o ministro apreendeu o passaporte de Jair Bolsonaro. “Meu pai não veio porque Moraes apreendeu o passaporte dele. Moraes tem o desejo de ser uma pessoa má, para ter respeito das pessoas. Isso é prática de um gângster, de um mafioso”, disse.
As críticas surgem em meio a um embate internacional: Alexandre de Moraes foi recentemente sancionado pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que prevê bloqueio de bens e restrições financeiras. Em resposta, o ministro afirmou que bancos estrangeiros podem ser punidos caso apliquem as medidas sem decisão da Justiça brasileira. Além dele, outros membros do governo, como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também sofreram retaliações.
Eduardo Bolsonaro aproveitou o espaço para reforçar sua ligação com lideranças americanas, em especial a família Trump, e afirmou que o inquérito contra ele seria uma perseguição. “Inventaram para mim um crime de que é vir com muita frequência aos EUA. Todo mundo sabe da minha proximidade com a família Trump, com pessoas do governo aqui”, declarou. Moraes é o relator do processo em que Jair Bolsonaro é réu por envolvimento na tentativa de golpe após as eleições de 2022.